Quando o passado me persegue, o presente nublado, i o futuro incerto, só me apetece fechar os olhos, com tanta força quanta aquela que tenho, como quando era pequena, ao ter medo de um pesadelo. E quando abrisse os olhos, já tinha passado, como se nunca tivesse acontecido. Receber aquele miminho do pai, assim com a mão grande, num gesto terno, mas um pouco 'desajeitado' na minha cabeça. Um conforto do abraço, e daquelas palavras meigas - 'minha pequenina', e quando me sentia protegida quando dizia - 'esta tudo bem, não tenhas medo'. Era tudo tão fácil. Era frágil, mas forte no fundo. Agora sou forte, mas frágil no fundo. E o que não se derruba quando a base esta fragilizada? nada...
É fácil dizer, é fácil mandar, é fácil aconselhar, mas não é tão fácil assim fazer, agir, ser, conseguir, ultrapassar, quando o que nos destruiu foi forte demais.
E escrevo o que sinto, estou cansada de me sentir assim.Quero ser quem fui…quero voltar a ser aquela rapariga que costumava ser…