sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Porquê acreditar que marcamos a diferença
Quando no fim da corrida cai na semelhança
De uma acção nunca criada
Quase fictícia, numa banda desenhada.

Seja a cores ou a preto e branco
Muita imaginação, sentada num banco
Enquanto cria a sua fantasia
Num espaço real, sem qualquer magia.

Para uns uma realidade inexistente
Para ela um mundo diferente
Sem se importar com outros olhares
Cria a sua história, com preliminares.

Porque a diferença que ela queria
Não passa de uma qualquer alegoria
Mesmo que um dia a sua banda desenhada

Ganhasse vida, numa veia agitada.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

... II

Analogias existem sempre
Quer sejam consistentes, quer sejam na mente.
E falar de camuflagem…
Não contem historias que isso é mera imagem.

Ou vão dizer que é só sofrimento,
Não há cá riso nem bom momento?
E se o tempo não deixa de passar
Não te resta mais nada se não caminhar.

Nem tudo é mau nesse caminho que vais
Hás-de ter aprendido muito, mas esquecer jamais.
E nem todos os dias foram frios
Jamais em todas as noites sentiste arrepios.

Só quero dizer que tentas mostrar
Algo que no fundo tendes imaginar.
Nem tudo é perfeito e fácil de viver,
Mas também nem tudo é negro, há que dizer.

...

Custa quando queres manter algo que não consegues. Olhares escondidos recriminam as tuas ideias. Vêm aparências e não percebem o que vai nas veias. Foi forte em todos os sentidos. Mas até eu vivo sempre por influência de aparência. E' impossível virar as costas ao que os teus olhos vêm. Agora já pouco importa. Mas doeu e passou dos limites daquilo que se suporta. Mas o tempo não pára nem perdoa. Muda as coisas. Muda a força. Muda a vontade. Cria tempestade. E depois vem a bonança. Mesmo que não seja aquela que se tinha esperança. Somos obrigados a viver sem poder voltar atrás. E zás. Dás por ti habituado aquilo que te foi proporcionado. Não foi o que se tinha idealizado, mas não quer dizer que não tenhas gostado. A vida dá muitas voltas. ‘Hoje foi assim amanha será assado’.