segunda-feira, 30 de junho de 2008

Falta de ar

Quando olhamos para traz e queremos voltar
vimos que não podemos, e desatamos a chorar.
Paramos no tempo, metaforicamente,
porque na realidade, não o podemos fazer certamente.

Vivemos numa vida que não parece a nossa,
só desejamos então, não por o pé na possa.
Seguir em frente, é a solução que temos,
mas parece inútil, seguir sem podermos.

O tempo cura tudo, é o que dizem,
eu não vejo como, de quanto tempo redizem.
Porque o tempo continua a passar,
e certos dias são brandos, outros temo por respirar.

Tiram-nos o ar, sufocam os momentos,
tiram-nos a luz, escurecem os sentimentos.
Oferecem-nos o mal, transparecem em pesadelos,
que me assustam, e me levantam os pelos.

Até se podem rir, daquilo que escrevo,
porque até tento suavizar o que não devo.
Porque no fundo não consigo odiar,
só gostava de um dia, voltar a respirar.

E sempre dói quando nos toca na alma,
e quando chega aquele dia perdemos a calma.
Magoa-nos por dentro com muita intensidade,
já só quero paz e serenidade.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Luzes


(fotografia da minha autoria)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Amizade

Amizades vão e vêem.
Há sempre aquelas raras que ficam eternamente.
E aquelas outras que gostávamos tanto que ficassem, mas que por um ou outro motivo, e que por vezes até nenhum, não ficam.
Há quem crie amizades coloridas; há quem crie amizades especiais; há quem crie amizades diferentes; há quem crie simples amizades; há quem crie amizades verdadeiras; há até quem crie amizades ‘imaginarias’.
Há amizades ‘para todos os gostos’ e o pior é quando há desgostos nessas amizades.
Mas mais importante é que sem essas amizades não éramos parte do que somos. Tornam os nosso dias especiais, fazem-nos rir, acompanham-nos quando choramos, ouvem-nos quando é preciso, abrem-nos os olhos, divertem-se connosco, dão cor á nossa vida. No fundo, são um bocadinho de nós.
A amizade não se apaga com o tempo, não se destrói com mentiras de outros, não cai no esquecimento, não fraqueja com a distância, não treme com ‘tempestades’. Vive da sinceridade, alimenta-se da honestidade, fortalece-se com a compaixão, e brilha no coração.
Há que honrar aqueles que gostamos, e fazer-lhes lembrar todos os dias, porque no fundo, não sabemos o dia de amanha.
Acima de tudo, temos de saber valorizar as amizades que temos, e estar sempre disponíveis para ter novas, sem ter que inferiorizar as ‘velhas’. Há espaço para todos, desde que queiramos ter todos presentes nas nossas vidas.
Não há amizades perfeitas, mas o importante é que essa imperfeição seja contornada por sinceridade e amizade mútua, e isso…isso torna cada amizade especial á sua maneira.
A todas as minhas amizades sinceras e verdadeiras um ‘obrigada’ (até mesmo para aquelas que já não permanecem, porque um dia existiram, e fizeram certamente toda a diferença). Aos que ainda me ‘aturam’, espero que seja por muito tempo.



‘Alguns pensam que para se ser amigo basta quere-lo, como se para se estar são bastasse desejar a saúde…’ - Aristóteles

sábado, 7 de junho de 2008

Um outro Olhar...

Só porque já não brilha, não significa que nunca tenha brilhado. Só porque já não transmite beleza aos olhos de muitos, não significa que tenha desaparecido. Só porque parece só, não significa que não se sinta completa. Só porque a sua aparência exterior se danificou, pensam que já não vale o mesmo; que não sorriu enquanto pôde. Pode não ser exteriormente o que um dia já foi, mas não é o que mostra agora, que apaga o que um dia existiu. Porque as verdadeiras coisas não desaparecem á luz do dia, nem se escondem na luz da noite. Permanecem sempre visíveis aos olhos de quem as viveu. Bem lúcidas e claras, brilhantes como sempre, muito radiantes, na mente de cada um. Não é uma casa destruída, uma vida modificada, uma aparência inovadora, um seguir em frente que apaga o que um dia o marcou; o que um dia o fez sorrir; o que um dia o fez chorar; o que um dia o fez sentir vivo. E se olhares e não perceberes, então olha de novo, mas olha com outros olhos; com olhos de ver; e verás muito mais do que o que um simples olhar consegue percepcionar. A beleza está dentro de nós, e na forma como a queremos ver pintada. Tudo o resto são meras ilusões com que nos temos que confrontar…


(fotografia da minha autoria)


terça-feira, 3 de junho de 2008

Sonhos


‘ (…) Lá naquele Jardim, ao pé da loja dos Doces. ‘


(fotografia da minha autoria)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Pensamentos partilhados...

Vagueio pelas ruas…como um ser que não tem para onde ir.
Solto gargalhadas…como quem bebe um copo a mais.
Encho a cabeça com pensamentos filosóficos, que me deixam ainda mais a pensar.
Olho em volta e tento arranjar uma explicação para o inexplicável. Assim como quem tenta montar um puzzle sem a peça final.
Tento soltar-me. Mostrar algo que nem sei o que é. Tenho vergonha de talentos meus escondidos, ou serão apenas frutos da minha imaginação? Não temos todos um bocadinho disso? Certamente uns mais que outros. E certamente também outros com mais dificuldade em aceita-los.
Poderia redimir-me a minha insignificância, mas isso não traria nada de construtivo. Sim, porque no fundo todos nós tentamos construir qualquer coisa, mesmo que nem saibamos o quê.
Em qualquer altura das nossas curtas e complexas vidas, pomos a mão nas nossas consciências i concluímos que não conseguimos atingir grande parte do que idealizamos. Cabe é depois a cada um decidir como agir e reagir a tal constatação. Não há que se envergonhar disso, porque vivemos, e para viver tem que se errar, ou não seríamos nós humanos. Quem se julga mais que isso, não é certamente, uma pessoa feliz. E no fundo todos pensamos nestas coisas, só que uns expressam-nas em diálogos, outros em arte (seja lá qual for ela – sim, porque ela é toda muito vasta – ou até mesmo quem nem sequer a expressa – o que para mim, sinceramente, é algo que não acredito que seja possível – de alguma maneira hão-de-se expressar, e muito provavelmente nem se apercebem disso).
Todos temos essa necessidade, só que, cada um á sua maneira.
E ficava aqui, num tempo infinito, sempre a escrever, mas de todo não era boa ideia visto que não vivemos de letras projectadas em fundos brancos…
Até.

domingo, 1 de junho de 2008

Século XVIII


(fotografia da minha autoria)